Aqui trava-se a batalha do cinema. Neste glorioso blog, duas aguçadas mentes debruçam-se sobre os vários acontecimentos cinéfilos (entre outros assuntos do showbiz) e registam os seus sublimes comentários. Aqui o cinema interessa quer as personagens gritem a pulmões cheios "que a força esteja contigo" ou "pátria ou morte"!
quarta-feira, 28 de maio de 2008
O tubarão foi caçado!
Estes são certamente tempos de luto. Seja uma personagem ou uma pessoa real, a minha faceta psicológica ensinou-me que uma perda é sempre uma perda.
Chegou, viu e venceu... sempre. James Woods e Ian Biederman criaram Sebastian Stark, "Shark" para os amigos. O resultado foi um personagem maior do que a vida, que nos mostrou ao longo de dois anos "a lei do mais forte". Ao pé deste tipo até o fenomenal Dr. House era jogo de cachopos.
Se todas as semanas fossem como este season finale definitivo, talvez não tivesse sido este o final da série. Talvez tenha sentido isto por saber que este era o fim, e que portanto tudo podia acontecer.
De facto, tal como os produtores e actores referiram nunca tencionaram que este fosse o fim, e não é mesmo o que uma série destas merecia. Maldita seja a CBS por cancelar isto!
Já o outro dizia que tudo o que é bom acaba depressa. E o Frank, o Sinatra, esse dizia: "Oh, the shark has pretty teeth dear; and he shows em, pearly white"...
Ai, a Irina Spalko!
Em primeiro lugar: Seja bem aparecido Dr. Jones! George Lucas, demorou vários anos até conseguir um argumento que aliciasse Steven Spielberg a realizar e Harrison Ford a regressar ao papel de Indiana Jones, até que David Koepp (argumentista colaborador habitual de Spielberg) escreveu este Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal.
Para quem viu e adorou os três anteriores filmes da saga, que faziam a arqueologia parecer mais emocionante que um safari em África, não vai ficar desiludido ao gastar dinheiro no bilhete de cinema. Mas quando as luzes voltam a acender, depois da sessão, fica a sensação de que acabámos de ver um filme de “Spielberg a alta velocidade”. Com tudo o que isso tem de bom e mau. A acção continua divertida ao nível dos anteriores filmes, e nesse aspecto nem parece que passaram dezanove anos desde o último filme. É realmente um prazer rever com ternura Harrison Ford a apanhar o seu chapéu em todas as situações e Marion Ravenwood (Karen Allen) do longínquo Os Salteadores da Arca Perdida (1981). Shia LaBeouf , também me surpreendeu com o seu estilo “grease” no papel de Mutt Williams. A Cate Blanchett no papel de Irina Spalko, a terrível soviética que assombra o grupo dos heróis merecia um filme só para ela. Raramente os vilões são tão bons. John Hurt , Ray Winstone e Jim Broadbent cumprem o seu papel, nada mais.
O filme contém desde a diversão mais inteligente até à maior idiotice que nos poderia ocorrer e, é difícil abstrairmo-nos disso. A cena em que Mutt anda nas lianas à “Tarzan” e volta com os macaquinhos para atacar os mauzões soviéticos foi das coisas mais embaraçosas que me lembro de ver no cinema ultimamente. Spielberg declarou que este seu filme tinha um elemento de todos os estilos de filmes existentes. Pois para mim os filmes de Indy sempre tiveram o seu estilo muito comic e não precisavam nada de se ir inspirar em outros. No entanto, há espaço para alguns piscares de olho aos fans da série: a homenagem a Marcus Brody e a Jones Sr., a Arca da Aliança esquecida no armazém do exército americano, a fantástica música intemporal de John Williams e a homenagem à fotografia do retirado Douglas Slocombe.
O resultado é uma mistura interessante de Indiana Jones e Sci-fi .
Aquela cena final do chapéu foi uma brincadeira interessante. Grande Spielberg!
Duas coisas são certas. O Indiana Jones continua a ser um dos grandes marcos da nossa imaginação, uma ode à aventura inteligente. E foi para ser o Dr. Jones que o Harrison Ford nasceu.
terça-feira, 27 de maio de 2008
In Memorium - Sydney Pollack (1934-2008)
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Já cá está! E talvez não seja o último! Welcome back Indy!
Daqui a cerca de meia hora, em alguns cinemas portugueses, já poderemos ver o Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal.
Num momento em que o produtor George Lucas já referiu aos mass media que está à espera que lhe ocorra uma ideia brilhante para trazer o Indiana Jones de volta uma quinta vez aos ecrãs de todo o mundo. Vamos aproveitando este, que pelo que disseram em Cannes é muito bom.
Quem quiser dar uma olhada no trailer final (o nº3) antes de ir ao cinema, força:
http://www.apple.com/trailers/paramount/indianajonesandthekingdomofthecrystalskull/
Será que há muitos planos com sombras?
E as cobras?! Será que neste também aparecem? É que eu partilho esse medo com o meu amigo Indy... Biiiaac!
"Granda" guerra!
Ben Stiller é um grande comediante, talvez como actor o meu trabalho preferido dele tenha sido o Sedutora Tentação(2000) de Edward Norton.
Mas quando Stiller se põe por detrás das câmaras é quando me surpreende realmente. Ainda me recordo de estar no cinema a ver O Melga(1996) com o Jim Carrey, e de ficar envergonhado por largar gargalhadas quando o cinema estava todo calado. Grande realização. Comédia da boa.
Só ele para se lembrar de fazer este Tropic Thunder. Grande elenco. E o Robert Downey Jr. faz de actor que se submete a uma intervenção médica para desempenhar um papel de negro. Só eles para se lembrarem disto.
Não há palavras para descrever o hilariante que é este trailer. Só vendo:
http://www.apple.com/trailers/paramount/tropicthunder/
Esperemos que não demore a chegar cá.
Aquela baleia...
Já está aí a rebentar um novo trailer de Hancock. O filme, com realização de Peter Berg (O Reino, 2007) só chega lá para Julho. Muita acção, divertimento e efeitos especiais parece ser aquilo que podemos esperar deste filme.
Isto se não quisermos também ver o Will Smith num fatinho de pele justinho... Não é o meu caso sou sincero...
Ora espreitem aí:
http://www.apple.com/trailers/sony_pictures/hancock/trailer/
Para mim o momento da baleia continua a ser o supra-sumo. Aquela baleia...
terça-feira, 6 de maio de 2008
Hulk 2, um electro-choque no franchise
Homem de Ferro... mais precisamente de uma liga de titânio e ouro
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Eu sou Shiva, o Deus da Morte!
O seu último projecto como actor, Michael Clayton, filme escrito e realizado por Tony Gilroy (argumentista do franchise Bourne) obteve 7 nomeações aos Óscares, dos quais apenas foi galardoado com o de melhor actriz secundária para a actriz britânica Tilda Swinton. A trama é mais do que batida, Clooney é Michael Clayton, um advogado encarregado de tapar todos os buracos e trapaças nos processos legais de uma importante firma de advogados. Apesar de estar com a firma há longos anos, a verdade é que ao chegar aos 50 anos Clayton não alcançou nenhum dos sonhos que possuía na juventude. Para além disso, está no centro de um complicado encobrimento de provas numa batalha legal que envolve uma multi-nacional. Ao estilo de “Intriga Internacional” (e voltando à comparação com Cary Grant) Clayton é recordado de que é apenas mais um pobre coitado, tão dispensável como qualquer outro neste mundo e é confrontado com os mais elementares dilemas morais da nossa vida. Amizade ou poder. Integridade ou dinheiro.
De facto, Clooney mostra que, para além de uma estrela mundial que faz publicidade a cafés e martinis, é um grande actor. E evidencia-o até mesmo aos créditos finais, momento em que a câmara se mantém com o protagonista quase hipnoticamente. Tom Wilkinson (O Último Beijo, 2006), actor veterano, mostra que só a experiência pode dar azo ao brilhantismo. E não ter ganho o Óscar de melhor actor secundário foi a injustiça do ano. Mas não são apenas os prémios que ditam o brilhantismo de um filme ou papel.
Um filme excepcional, ainda que não seja extraordinariamente original.