Ora, se não sabem o que esperar das nossas salas de cinema nos próximos meses depois da avalanche dos "blockbusters" de verão tenho uma coisa para vos dizer. A verdade é que ninguém sabe... Porque as nossas distribuidoras tendem a mudar as datas de estreia e a estrear filmes com meses de exibição em outros países... Mas aqui fica uma previsão, por ordem cronológica (para ver os trailers cliquem nos títulos):
O realizador Paul W. S. Anderson está de volta à cadeira do realizador (lugar que ocupou apenas na primeira senda da saga, passando depois a produzir a e a conceber o argumento) para voltar a dar à Alice da sua esposa Milla Jovovich a glória de antigamente na luta contra o vírus da Umbrella Corp. que torna até o humano mais inteligente num zombie desmiolado. Pode ser um filme popularucho, mas talvez pela horas que passei na playstation agarrado ao jogo não consigo de deixar recomendar este. As imagens prometem.
Pois é, até o Oliver Stone precisa de fazer dinheiro para sustentar as suas teorias de conspiração contra o governo americano. E já agora o Michael Douglas aproveita para engordar a sua conta bancária. Actores e realizador têm os créditos dados e visto que o Wall Street (1987) foi um "filmorro" torna-se quase obrigatório ver o que a idade fez ao ganancioso Gordon Gecko.
Há algum tempo que não vejo a Julia Roberts fazer alguma coisa memorável. Pode ser que a mais recente realização de Ryan Murphy (criador da série Nip/Tuck) lhe consiga restaurar alguma da antiga glória. A história centra-se em acontecimentos verídicos de uma mulher à procura do sentido da vida. Muito menopausa. Javier Bardem ajuda.
O cinema português também produz promessas. Esta é a história de um "Portuga"que trabalha numa roulotte a vender bifanas, e que depois de inventar um digitalizador de pés, máquina que irá revolucionar a industria do calçado vai atrás do seu sonho. Os planos nem sempre correm conforme queremos... Sem nomes sonantes, este filme poderá vir a merecer bem o valor do bilhete,apesar de baseado numa obra de Saramago.
Zack Snyder (300, Watchmen), nome que começa a ser sonante em Hollywood, está de volta com um filme de animação, que promete muita aventura e um visual dislumbrante.
Não, não é o novo Big Brother, é muito melhor. O primeiro REC era um filme de terror simplesmente horripilante (o que é um elogio para o género...). O filme tinha o seu pilar na aura de suspense e desorientação que criava no espectador, em vez dos banais momentos gore (que também estavam presentes no momento certo). Os espanhóis Jaume Balagueró e Paco Plaza estão de volta para assegurar que o filme mantém a qualidade do primeiro. Se
calhar esta sequela foi produzida com o dinheiro dos direitos de autor do remake péssimo (Quarantine, 2008) que Hollywood produziu do primeiro filme. Haaa, a ironia da coisa. Isso é que era.
Nunca achei que Ben Afleck fosse um actor tão mau como apregoavam. Mas as críticas levaram a que se virasse para a realização, e em boa hora. O que nes levou a descobrir que o melhor do Afleck, para além da sua esposa Jennifer Garner, é o seu dom para estar atrás da câmara. O seu excelente primeiro filme Vista pela Última Vez... (2007), apesar das semelhanças com o Caso Maddie, não obteve o sucesso merecido por terras lusas. Esperemos que esta segunda incursão contrarie a tendência. A presença de Blake Lively, a miúda fútil de Gossip Girl, pode ser que ajude.
Agora escolham bem os vossos bilhetes.
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