
Numa época em que podemos afirmar que o cinema está um pouco a cair na monotonia das adaptações literárias, intercaladas com o ocasional blockbuster ou filme independente (que etiquetam muitas vezes como cinema de autor), parece ser cada vez mais a televisão a dar cartas. isto porque enquanto que o cinema se assume cada vez mais como um meio de produzir filmes cada vez mais comerciais, enquanto que a "caixinha mágica" que temos em casa pode ser o meio de comunicação perfeito para transmitir os produtos mais alternativos possíveis.
É esse o caso de Dexter, uma série sobre um respeitável e amistoso técnico forense da polícia de Miami que durante a noite é um serial killer. O tipo no fundo tem os problemas de toda a gente: relacionar-se com os amigos, cumprir deveres profissionais, corresponder às expectativas da namorada, apoiar a família... tem é aquele pequeno problema de ter que matar pessoas. Do mal o menos, mata apenas aqueles que são culpados mas escaparam ao sistema judicial. Acabamos por gostar do coitado do Dexter. Todos temos problemas. Destaque para a sensacional caracterização da mente do psicopata, para o humor negro requintado, para o brilhantismo da interpretação de Michael C. Hall (Sete Palmos de Terra) no papel principal e dos argumentistas. Muito bom!
E agora podemos ver na RTP2 às quartas à noite, para quem não tem teve cabo ou não é adepto do download...
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